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Covid-19: FNE e Seese participam de reuniões internacionais

A presidenta da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e do Seese, Shirley Morales e Diretora da FNE, Solange Caetano, participaram, nesta terça-feira (24/03), de duas reuniões internacionais, via plataforma webinar, para compartilhar as experiências dos países no enfrentamento do coronavírus (covid-19). 

A primeira reunião foi comandada pela Global Nurses United (GNU) e contou com a participação de 27 países, inclusive, todas as nações da América Latina que possuem Federação dos Enfermeiros. Esta reunião teve como pontos de pauta: visão geral da pandemia global; informações importantes sobre o Equipamento de Proteção Individual (EPI) ideal para os enfermeiros e outros profissionais de saúde da linha de frente usarem ao tratar um paciente suspeito ou confirmado de covid-19 e outros protocolos importantes do paciente, bem como, os relatórios das linhas de frente.

Representantes dos Sindicatos dos Enfermeiros da Espanha, Itália e EUA, mostraram preocupação em torno dos EPI’s. Os representantes das Federações desses países discorrer sobre estudos que demonstram que a máscara cirúrgica, utilizada por profissionais de saúde no enfrentamento do covid-19, não é a adequada. Muitos trabalhadores foram infectados pelo vírus utilizando essa máscara. Segundo os representantes, a máscara ideal para os profissionais de saúde são as respiradoras, sendo no mínimo PFF 2, PFF 3 para o cotidiano e para os casos confirmados ou suspeitos, a N-95. Nestes países, a máscara cirúrgica não está sendo recomendada para o uso nas unidades hospitalares que recebem sintomáticos respiratórios.

Outro ponto bastante discutido foi a quantidade de horas trabalhadas. Muitos enfermeiros reclamam da insuficiência de profissionais nas unidades hospitalares. Com isso, os plantões são estendidos e o retorno para seus lares, está cada vez mais complicado. Algumas Federações realizaram campanhas para comprar EPI’s e alugar casas e/ou flats para abrigar esses trabalhadores, com o intuito deles não retornarem para suas casas e não transmitirem o vírus para seus familiares.

Os sindicalistas informaram que se os governantes dos países como Espanha, Itália e EUA, tomassem, anteriormente, a medida preventiva do isolamento domiciliar, talvez a proporção de infectados pelo vírus fosse menor.  Esses países são os mais castigados com o número de infectados e mortos pelo covid-19.

Por se tratar de ser um vírus recente, ainda não há um tratamento eficiente e vacinas que possam combatê-lo. Os cientistas estão estudando e fazendo análises do comportamento do vírus e da epidemiologia. Por conta disso, os sindicalistas alegam que é necessário estabelecer cuidados com os trabalhadores e pacientes para diminuir o número de infectados e mortos.

Ficou acordado que os estudos já realizados em relação ao enfrentamento do covid-19 serão encaminhados às Federações participantes da reunião. Cada entidade sindical fará seus pleitos e apresentará documento específico aos governantes de seu país.

Reunião com a ISP

A segunda reunião realizada no mesmo dia, foi comandada pela Internacional de Serviços Públicos (ISP) que é uma federação sindical internacional, sindicato global, que trabalha pela defesa dos interesses dos trabalhadores de serviços públicos.

O debate online foi realizado com mais de 50 pessoas de 30 países para relatar o atual panorama do covid-19, bem como, traçar estratégias de enfrentamento dentro do serviço público.

Os participantes relataram que o principal problema do enfrentamento contra a COVID-19 é a falta dos EPI’s adequados, de ventiladores mecânicos para casos mais graves e a precariedade das unidades hospitalares. Boa parte dos sindicalistas relataram que há muita improvisação nas unidades hospitalares porque os governantes não sabem lidar com a situação, além do descaso destes com os trabalhadores da rede pública. Há muitos trabalhadores da área de saúde trabalhando vários dias seguidos, em plantões sem descanso por conta da insuficiência de profissionais.

A ISP está realizando uma campanha e solicitou que cada Sindicato membro da Federação, subscreva a campanha e responda o formulário que irá analisar as estratégias mais consolidadas no enfrentamento do direito e saúde do trabalhador.

FONTE: Ascom Seese

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