Em reunião com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde (CNTS), a diretoria da Federação Nacional dos Enfermeiros relata diversas problemáticas enfrentadas pelos profissionais da área da saúde no enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus.
Durante videoconferência realizada nesta quinta-feira (21/05), o juiz auxiliar da vice presidência do TST, Gionavi Olsson ouviu as argumentações das entidades sindicais. A presidenta da FNE, Shirley Morales relatou sobre o alto índice de casos subnotificados entre os profissionais da enfermagem
e ressaltou que os dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) de 136 mortes e mais de 100 mil profissionais de enfermagem acometidos pela Covid-19 são alarmantes, mas podem ser mais elevados na realidade.
Um estudo feito pela Universidade Federal de Pelotas, em parceria com o governo do Rio Grande do Sul, detectou, em sua segunda etapa, que para cada 1 (um) caso confirmado, deveria 12 casos subnotificados. Esse estudo foi ampliado para todo o Brasil, sendo realizado em 133 cidades. Em cada cidade a pesquisa realizará testagem em cerca de 250 pessoas para que se possa saber o índice de subnotificação da covid-19 no país.
Outro ponto abordado na reunião foi em relação as dificuldades nas negociações trabalhistas com o setor público, privado e filantrópico devido as Medidas Provisórias do Governo Federal em curso. Ficou acordado que no próximo dia 29, haverá outra audiência com a presença da CNSaúde – Confederação Nacional de Saúde, uma vez que a mesma não chegou em um consenso sobre as pautas solicitadas pela FNE e CNTS na mediação realizada pelo Ministério Público do Trabalho de Brasília (MPT/BSB)
Além de Shirley Morales, a diretora Solange Caetano e o assessor jurídico André Caetano estavam representando a FNE.
FONTE: Ascom Seese