A convite da vereadora e professora Sonia Meire (PSOL), a vice-presidenta do Seese, Gabriela Pereira, participou de uma audiência pública com o tema: “Privatizações e terceirizações: qual o futuro dos serviços públicos?”, realizada nessa sexta-feira, dia 02 de junho, na Câmara dos Vereadores de Aracaju.
Além de Gabriela Pereira, outras personalidades atuantes na luta contra privatizações também participaram do debate. Entre elas estão: a assistente social, professora da UERJ e representante da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, Maria Inês S. Bravo; da historiadora e advogada sindical, Raquel Oliveira Sousa; o presidente do Sindimed, José Helton S. Monteiro; o secretário geral do sindicato dos Correios, Jean Marcel; e o economista e advogado Demétrio Rodrigues Varjão.
O objetivo da audiência foi estimular o debate entre entidades de classe, categorias de servidores públicos, movimentos sociais e a toda população, sobre o quanto as privatizações interferem nas políticas públicas e direitos sociais, trazendo prejuízos para toda a sociedade.
Na oportunidade, Gabriela Pereira falou sobre a tentativa da Prefeitura de Aracaju de querer fazer uma Parceria Público Privada (PPP da Saúde), com a estimativa inicial de mais de R$ 2 bilhões, por um período de 25 anos, para privatizar os serviços assistenciais e não assistenciais das UBS’s da 1ª e 2ª região.
“Há muitos prejuízos para a população que podem advir desse projeto da Prefeitura de Aracaju. Há muitas falhas neste projeto, a começar pelo planejamento que não houve um levantamento para justificar a necessidade de firmar uma parceria. Há dados que comprovam, através dos indicadores do Previne Brasil programa do Ministério da Saúde, a eficiência dos profissionais na assistência à população”, disse a vice-presidenta do Seese, acrescentando que o que há é uma falha da própria gestão em não saber aplicar a verba proporcionando melhorias nas UBS’s”, finalizou Gabriela.
Outro ponto levantado por Gabriela foi em relação ao processo de fiscalização e acesso as informações, aos dados. O Hospital Municipal Nestor Piva, localizado na zona norte de Aracaju, é um exemplo dessa situação. Considerado um hospital de pequeno porte, atualmente ele foi reduzido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), gerando uma diminuição do número de leitos e internamentos. Além disso, há uma grande dificuldade em fiscalizar o hospital, pois os contratos de trabalhos são vias Cooperativas. “No período em que a população mais precisou durante a pandemia da Covid, a empresa que administra o hospital, ameaçou suspender os atendimentos por falta de contrato, por conta da demora do repasse de verba da Prefeitura, incorrendo inclusive, a não assistência aos usuários”, disse Gabriela reforçando que esse é um dos inúmeros motivos que o Sindicato não apoia a PPP.
FONTE: Ascom Seese