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Mês de aniversário da capital sergipana pode ser marcado por greve na saúde municipal

Enfermeiros que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS), em Aracaju, deliberaram em assembleia que podem voltar a parar as atividades por tempo indeterminado caso a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), não efetue o pagamento dos profissionais até o próximo dia 29, último dia útil deste mês. A medida foi aprovada pela categoria diante dos sucessivos atrasos no repasse do pagamento dos servidores da saúde.

Um exemplo deste descaso e desrespeito à Constituição Federal está no salário de dezembro que só foi quitado no dia 21 de janeiro; já o do mês de janeiro, este só foi quitado na última sexta-feira, dia 12. Para gerar ainda mais preocupação aos enfermeiros, o prefeito João Alves Filho, e o secretário de Fazenda do município, Jair Araújo, destacaram que as finanças da administração pública da capital sergipana não é satisfatória, e garantiram que o pagamento fora do mês vigente vai permanecer até abril.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), Shirley Morales, é possível que, justamente no mês de aniversário da capital, os profissionais da área de saúde estejam novamente em greve. Ela lamentou a situação. “Nós não queríamos passar por esse tipo de situação, mas infelizmente este governo que aí está não respeita o cidadão trabalhador e os enfermeiros já haviam aprovado nas greves todas as vezes que o salário seja pago dentro do mês. Essa decisão da última assembleia só fez reforçar o desejo da categoria em continuar pressionando o prefeito”, disse.

Paralelo ao não pagamento salarial, alguns dos 300 enfermeiros atuantes em Aracaju permanecem sem receber o terço de férias e as dezenas de horas extras que foram prestadas para o programa ‘Hora Estendida’. Esses benefícios, conforme foi dito ao SEESE, ainda não tem data prevista para serem devidamente repassados.

“Por um certo momento a gestão disse que iria pagar esse benefício pendente, mas não cumpriram com a promessa. A decisão de parar parcialmente as atividades já é de conhecimento do prefeito e dos secretários porque já havíamos comunicado aos gestores que, caso os nossos direitos não fossem respeitados, não só os enfermeiros, mas os demais profissionais que atuam na área da saúde iriam levar a proposta de greve para os sindicalistas, e, provavelmente, deflagrar mais um movimento grevista”, pontuou Morales.

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