Durante assembleia realizada essa semana no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), os servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), decidiram, em comum acordo com o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), entrar com ação judicial coletiva contra o Governo do Estado e a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS). Conforme fora debatido no encontro, incorporações da parte variável permanecem distantes de beneficiar a classe trabalhadora. Problemas com o não repasse real de horas extras também irá compor a ação coletiva.
De acordo com Shirley Morales, presidente do SEESE, até a sexta-feira da próxima semana, dia 11, os enfermeiros devem comparecer à sede do sindicato para apresentar os respectivos documentos e compor o grupo que irá acionar os casos junto ao Tribunal de Justiça (TJ/SE). “Hoje o Samu é composto por profissionais estatutários da Prefeitura de Aracaju, celetistas da Secretaria de Estado da Saúde e da FHS. Pedimos que a incorporação seja realizada após o reajuste que faz parte do nosso pleito. Para ter conhecimento real do que o governo está propondo para os profissionais do Samu, estamos também pedindo da FHS o texto que será encaminhado para a Assembleia Legislativa”, disse.
Ainda durante o encontro a categoria discutiu sobre a perspectiva de corte dos profissionais de ensino médio que atuam como técnicos em enfermagem em Unidades de Suportes Avançados (USAs). Para a presidente, excluir estes profissionais representa retrocesso para o Sistema Único de Saúde (SUS), além de proporcionar problemas para o mercado de trabalho. “Somos contrários a essa proposta e já afirmo que o SEESE está buscando reverter essa situação. Caso isso ocorra, os próximos concursos públicos certamente irá cair o número de vagas disponíveis para estes trabalhadores que contribuem para o andamento ético das atividades nas USAs”, pontuou Morales.
Toda a demanda apresentada pela categoria durante a assembleia será, também, apresentada oficialmente à Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE). Trata-se de uma tentativa de garantir os direitos dos trabalhadores e minimizar qualquer possibilidade de prejuízos para as classes trabalhadoras.