Após analisarem as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de Enfermagem, durante uma reunião virtual realizada em 16/04, os representantes da FNE, ABEn e Cofen convidaram o Ministério da Educação (MEC) para debater tais diretrizes, nesta segunda-feira, dia 19. Mas, por algum motivo, o MEC não compareceu e nem deu explicações.
A ABEn – Associação Brasileira de Enfermagem realiza esses debates desde 2011. A Aben consultou suas bases com o intuito de aprimorar ainda mais suas propostas e as concluiu em 2017. Esses estudos foram encaminhados aos Conselhos Nacionais de Saúde (CNS) e Educação (CNE). Após os debates entre os conselheiros nacionais, foi criada a Resolução nº 573/2018 do CNS e encaminhada ao MEC.
Ignorando os anos de estudos e debates das entidades representativas da enfermagem e do CNS, o MEC criou uma minuta das DCN que tem a função de orientar e propiciar concepções curriculares ao Curso de Graduação em Enfermagem a serem observadas no planejamento, desenvolvimento e avaliação dos cursos de Enfermagem das Instituições de Ensino Superior do País, tendo como base legal a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Essa decisão foi repudiada pela FNE, ABEn e Cofen.
É importante ressaltar que mesmo as Diretrizes tendo uma função importante, o MEC resolveu retirar toda a minuta referente à licenciatura, as propostas da Resolução nº 573, os debates em torno do SUS e a função social do enfermeiro no Brasil.
Devido à ausência de representação do MEC durante a reunião, as entidades nacionais representativas da Enfermagem encaminharam seus posicionamentos e uma proposta alternativa do referido texto para o MEC no dia 25 de abril. Caso o MEC não se pronuncie, as entidades deliberarão por manifestações e mobilizações nacionais em torno da não aceitação das propostas de DCN impostas pelo MEC.
FONTE: Ascom Seese