Há cinco dias com atraso no pagamento salarial, e há mais de 20 sem receber a segunda parcela do décimo terceiro salário, um grupo formado por 60 enfermeiros esteve na manhã desta terça-feira, 12, reunido na entrada principal do Centro Administrativo Aloísio Campos, sede da Prefeitura de Aracaju, para lutar à favor dos benefícios garantidos na Constituição Federal de 1988. Durante todo o ato nenhum gestor ligado ao prefeito João Alves Filho se dirigiu até o local para dialogar com a categoria.
Insatisfeitos com a postura adotada pela atual gestão, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), ressaltou a reincidência das ‘portas fechadas’ para todos os profissionais que atuam no âmbito da saúde pública municipal. Para a presidente Shirley Morales, é essencial que a categoria permaneça fortalecendo o ato a fim de que juntos possam conquistar os pleitos reivindicados. “Desde 2013 a prefeitura tem evitado dialogar com os enfermeiros. Uma classe que honra o trabalho, respeita o cidadão paciente, mas não é nem recebido, muito menos reconhecido pelo prefeito e pelos secretários de saúde e fazenda”, disse.
Em meio aos pronunciamentos feitos pelos militantes sindicais, populares que transitavam pela localidade apoiaram o movimento e aproveitaram para também criticar a administração. Conforme destacado pela direção do SEESE, outros problemas também ajudam a agravar a situação. “É inaceitável que os profissionais da saúde permaneçam sofrendo com essa gestão que só traz o mal para os servidores e para os usuários do SUS. Não podemos mais aceitar a permanência dessas ondas de retrocesso para o servidor da prefeitura, sendo assim, vamos estudar a possibilidade de entrar em greve. Estamos juntos para evitar que 2016 seja igual aos últimos dois anos”, pontuou.
Atualmente a rede municipal conta com 300 enfermeiros. Diante do problema, já na próxima segunda-feira, 18, a categoria irá se reunir em assembleia extraordinária para definir se deflagram mais uma paralisação, ou greve por tempo indeterminado.