Profissionais da saúde que prestam serviços para a Prefeitura de Aracaju realizaram na manhã de ontem mais um ato público contra a falta de diálogo entre a gestão municipal e a classe trabalhadora; representada no ato de ontem por 10 categorias. O impasse entre os funcionários do Sistema Único de Saúde (SUS) e a administração do prefeito João Alves Filho se arrasta desde o mês de dezembro do ano passado quando uma lista de reivindicações foi apresentada – a pedidos do próprio prefeito, junto ao poder executivo municipal. Desde então as categorias não foram convidadas para debater assuntos como: reajuste salarial, pagamento de hora extra, qualificação estrutural das unidades de atendimento e promoção de concurso público.
Em greve geral e por tempo indeterminado, a concentração foi realizada debaixo de forte chuva e rajadas de vento na Praça General Valadão, centro da capital, em frente ao prédio onde funciona a Secretaria Municipal de Finanças. Paralelo à falta de reuniões com o prefeito, ou algum gestor competente apto para atender às necessidades apontadas pelos servidores, a pasta da saúde pública de Aracaju é a única da esfera administrativa que permanece sem contabilizar o mínimo de reajuste salarial referente a este ano de 2016; além disso, este grupo é o último a receber os respectivos salários. A paciência com João e o grupo gestor há meses já alcançou o ponto máximo de cada servidor.
Denúncia – Durante o debate coletivo realizado na praça entre os sindicatos, líderes grevistas voltaram a destacar que setores da PMA estariam contratando profissionais da saúde de forma terceirizada a fim de minimizar os efeitos da mobilização a qual se arrasta desde o dia 01 de junho. De acordo com a enfermeira e diretora sindical Gabriela Pereira, as informações têm sido catalogadas e repassadas de forma paulatina para órgãos de fiscalização. Entre estes técnicos juristas estão o Ministério Público Estadual (MPE) e o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE). O presidente da Corte de Contas, conselheiro Clovis Barbosa de Melo já recebeu parte dos documentos que oficializam a denúncia.
“Não atendem às nossa reivindicações e ainda por cima estão contratando colegas por meio de ação terceirizada para não deixar as unidades com baixo efetivo. Tempo para conversar com a gente e dinheiro João diz não ter, mas para contratar terceirizados e ir para o Forró Caju ele tem. Essa tem sido a pior gestão pública para nós que trabalhamos na saúde pública de Aracaju”, disse.