Durante reunião realizada na Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta quarta-feira, dia 10, a diretoria do Seese, representada por Shirley Morales, Gabriela Pereira, Érica Thaísa Alcântara e Paula Aparecida Souza discutiram sobre as pautas de maior urgência no Estado de Sergipe durante o enfrentamento a pandemia provocada pelo coronavírus.
A secretária da SES, Mércia Feitosa e membros da gestão estadual receberam e diretoria do Sindicato na sede da Secretaria. As demais diretoras do Seese também puderam participar, de forma virtual, da reunião. Na oportunidade, Shirley e Gabriela, pontuaram as problemáticas enfrentadas por enfermeiros nos hospitais regionais, inclusive, a dificuldade encontrada pelos trabalhadores do Hospital Regional de Propriá que moram em Alagoas, onde está vigente decreto proibindo o transporte interestadual, e precisam compartilhar a carona, correndo o risco de contaminação do coronavírus por falta de transporte público.
Foi abordado também a questão do afastamento das profissionais gestantes, lactantes e do grupo de risco. As diretoras solicitaram que houvesse um melhor acesso dos profissionais em relação a Saúde do Trabalhador. Sensibilizaram a gestão estadual para a construção de um protocolo específico voltado para a saúde do trabalhador no enfrentamento da pandemia COVID-19. Sugeriu também que o teste wondfo não fosse utilizado devido a sua baixa confiabilidade.
Após as anotações dessas solicitações, a secretária Mércia Feitosa informou que irá entrar em contato com os superintendentes dos hospitais regionais para resolver esses impasses, bem como, ressaltou que existe um único protocolo de dispensação dos EPI’s, e que se as superintendências dos regionais estão fazendo diferente, estão agindo errado e que esta situação será averiguada o quanto antes.
Em relação as problemáticas enfrentadas no SAMU e na Central de Regulação de Urgência (CRU), a diretoria do Seese relatou a ausência de padronização de infraestrutura e desconformidades sanitárias nas bases, dificuldades ao acesso a testagem e EPI’s.
Em relação as denúncias de contratação na modalidade RPA – Recibo de Pagamento Autônomo, a qual o Sindicato tem posicionamento contrário devido a precarização das relações de trabalho, a SES alegou que seria uma alternativa provisória da gestão até que seja realizado o credenciamento do contrato via CLT para que os profissionais integrem o serviço de remoção de pacientes que está sendo implantado com o intuito de desafogar o SAMU, a diretoria propôs:
“Sugerimos que a gestão estadual ofereça um número maior de horas extras aos profissionais enfermeiros que já são serviço, para além dos que já estão estabelecidos no teto de 96h semanais, para que eles integrem essas equipes de serviço de remoção até que seja realizado o credenciamento”, disse Shirley Morales durante debate desta pauta.
A secretária Mércia Feitosa compreendeu a proposta e solicitou que o Sindicato sensibilizasse a categoria a assumirem os extras. Shirley ressaltou que o Seese já está em processo de sensibilização.
Além dessa proposta, as diretoras solicitaram que haja a descentralização dos diques, do local de almoxarifado para dispensação dos equipamentos de isolamento, e a descentralização do processo de esterilização dos materiais do SAMU, propondo que haja uma parceria entre os hospitais regionais para dar suporte nesses processos.
A gestão estadual informou que já está realizando um estudo para descentralizar alguns serviços. Eles confirmaram também que já iniciaram o processo de cotação para compra dos macacões tyvek, vestimenta adequada para o enfrentamento da Covid-19.
FONTE: Ascom Seese