Na manhã de hoje (27), o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores na área da Saúde do Estado de Sergipe (SINTASA), realizaram assembleia unificada no Hospital Regional Amparo de Maria (HRAM) para tratar sobre os gravíssimos problemas enfrentados pelos trabalhadores da saúde daquele nosocômio.
O hospital secular, fundado pelas irmãs franciscanas, localizado no município de Estância – SE era dirigido por uma associação, porém há vários anos está sob intervenção judicial, sendo administrado por uma junta interventora.
Na assembleia os trabalhadores informaram que desde o mês de setembro do ano passado, o pagamento dos salários segue com atrasos, em descumprimento a legislação trabalhista. No ato da convocação da assembleia, estavam em atraso os pagamentos dos salários referentes ao mês de janeiro de 2018 e o 13º salário. Somente no dia de hoje, 27 de fevereiro, foi efetuado o pagamento do mês de janeiro, seguindo pendente a gratificação natalina. Causando grandes transtornos de ordem emocional e danos morais, frente o descrédito no comércio local.
Houveram relatos dos trabalhadores de insegurança permanente, pois o Hospital, embora tenha grande potencial, está deixando de prestar serviços essenciais a população estanciana e de toda região centro-sul de Sergipe, com a suspensão das cirurgias ortopédicas e eletivas, e supostamente também dos serviços de imagem (Raio-X). O vice-presidente do Seese, Marcelo Dangllys, conduziu a assembleia e destacou “os problemas são gravíssimos, é preciso que toda a sociedade seja esclarecida sobre as irregularidades apresentadas pelos trabalhadores, embora seja um hospital privado, tem convênio com o sistema único de saúde e tem um grande potencial para diminuir os gargalos da saúde no Estado, que acabam superlotando o Hospital de Urgências de Sergipe, que poderiam estar sendo resolvidos naquela localidade”.
Ficou deliberado em assembleia que será encaminhado denúncias aos órgãos competentes, que caso haja atraso do pagamento referente ao mês de fevereiro, ou seja, se até o 5º dia útil de março os salários não forem quitados, haverá nova assembleia no dia 09 de março com indicativo de greve. Os sindicatos também colocaram à disposição as suas assessorias jurídicas para que os filiados possam ingressar com as ações judiciais pertinentes.