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Enfermeiros de Sergipe aprovam paralização nacional no dia 30 de junho

Durante a Assembleia Geral, realizada na tarde desta segunda-feira, dia 08, a diretoria do Seese esclareceu aos enfermeiros presentes acerca da tramitação do Projeto de Lei 2564/2020 que tramita no Senado, bem como sobre o posicionamento da presidência da Casa Legislativa quanto ao não cumprimento do Regimento Interno no que diz respeito o requerimento de regime de urgência do projeto. Ou seja, mesmo com as mais de 55 assinaturas dos parlamentares requerendo urgência na votação do PL, o presidente da casa, Rodrigo Pacheco, afirmou que não colocará o PL 2564/2020 em votação enquanto não houver acordo com o colégio de líderes e com o Governo Federal.

Entre as deliberações, os enfermeiros das Redes Pública, Privada e Filantrópica, decidiram deflagrar o Estado Permanente de Mobilização/Greve, aderir à Paralisação Nacional no dia 30/06, caso Rodrigo Pacheco não coloque o PL em votação no Senado. A assembleia também ratificou valores remuneratórios dispostos no PL. Ou seja, a categoria, em Sergipe, não aceita retrocesso quanto ao valor referente à proposta do piso salarial nacional. A proposta do PL de autoria do senador Fabiano Contarato (ES) é de que o piso salarial nacional para Enfermeiros tenha por referência o sétuplo do atual salário mínimo. Técnicos de Enfermagem receberiam 70% do valor referencial ao dos Enfermeiros e Auxiliares de Enfermagem e Parteiras, 50%.

Para a presidenta da FNE e Seese, Shirley Morales, a luta por um piso salarial nacional teve início em 2009, com o deputado federal Mauro Nazif Rasul (RJ), seguiu em 2015 com o PL 459/2015, de autoria do ex deputado federal, André Moura (SE) e se arrasta até os dias de hoje. “Pedimos aos parlamentares que fizessem um reajuste das perdas inflacionárias referente ao piso salarial para os dias atuais. Entendemos que o valor atual é sim compatível com a realidade de muitos trabalhadores (as) da enfermagem brasileira. Reduzir o valor da proposta do piso salarial é o mesmo que congelar os salários dos trabalhadores da enfermagem, uma vez que o Governo sempre usa o piso como teto salarial. Essa redução nos valores de remuneração dispostos no PL 2564/2020 prejudicaria os trabalhadores, principalmente nos dias atuais em que enfrentamos uma pandemia que ceifa a vida de milhares de profissionais de saúde”, disse Shirley.

Dentro do cronograma de assembleias em todo o país realizado nesta segunda, dia 07, os Enfermeiros de outros Estados também aprovaram a adesão da paralisação nacional e demais das propostas da Federação Nacional dos Enfermeiros, que por sinal, já está em diálogo com as entidades representativas dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem para participar deste movimento de forma conjunta.

FONTE: Ascom Seese

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