Durante a 236ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Saúde de Sergipe (CES/SE), realizada virtualmente na última sexta-feira (05/06), o Seese apresentou a proposta de recomendação, que foi aprovada pelos conselheiros presentes, determinando que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) construa um protocolo específico para a Saúde do Trabalhador durante o enfrentamento da Covid-19. Além disso, o encontro remoto discutiu temas pertinentes sobre a atuação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) no enfrentamento à pandemia no Estado.
Dificuldade de acesso as testagens, liberação e a dispensação dos EPI’s adequados foram, mais uma vez, temas abordados pela presidenta do Seese e coordenadora de Finanças do CES, Shirley Morales.
Em relação ao afastamento laboral, Shirley ressaltou que a gestão estadual está contrariando as normativas do Ministério da Saúde (MS), quando altera o período de afastamento dos servidores suspeitos com a doença Covid-19 de 14 dias para 7 (sete) dias de isolamento domiciliar/social, para que em seguida, com o atestado em mãos, seja realizado o exame laboral e uma nova consulta médica.
“Existem os exames diagnósticos que devem ser feitos de imediato após apresentação dos sintomas. Porém a realidade é de que o resultado do exame está sendo entregue com 15 dias, tanto do setor público como do privado. E isso gera um tormento para o trabalhador que deve voltar a trabalhar com 7 dias sem ter a certeza de que está acometido pelo coronavírus”, disse Shirley apresentando os protocolos que respaldam o risco de proliferação do vírus devido a alteração da SES.
A problemática na demora dos resultados dos testes da Covid-19 pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) também foi discutido durante a reunião. Há denúncias de que o setor privado esteja utilizando o SUS, enviando os testes, para serem analisados no Lacen.
Dentro de outra proposta da recomendação feita pelo Seese, está a orientação de que a coleta do Swab NÃO seja realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), pois as mesmas não possuem estrutura mínima estabelecida em protocolos para fazer a manipulação de materiais biológicos. Sendo assim, a diretoria do Seese sugeriu que a gestão estadual construísse laboratórios regionais, seguindo as determinações do MS e OMS para realizar as coletas e análises dos exames, aliviando o atendimento das UBS.
Os protocolos de organização dos leitos da observação, estabilização, enfermaria e de retaguarda, além dos fluxos de serviços que deveriam ser apresentados ao CES por deliberação da última reunião, não foram enviados pela gestão estadual. O que prejudica o debate em torno do tema.
A próxima reunião ordinária do Conselho Estadual de Saúde ficou agendada para o dia 22 de junho.
FONTE: Ascom Seese