Os profissionais da enfermagem do município de Salgado e a diretoria do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese) foram recebidos pela secretária de Saúde do município, Sônia Maria, durante a paralisação de 24 horas iniciadas nesta quinta-feira (23). Na ocasião, ficou acertado que a gestora irá encaminhar oficialmente ao sindicato o relatório apresentado durante a reunião, que girou em torno de assuntos da pauta de reivindicação apresentada pelos profissionais como falta de reajuste salarial, regularização do FGTS e condições de trabalho nas unidades de Saúde.
Os enfermeiros cobram a falta de reajuste salarial desde 2007, mas a secretária explicou que, na verdade houve um equívoco por parte dos profissionais na contagem deste tempo e que são apenas três anos sem reajuste por conta das perdas dos recursos da União, como a redução do PAB, espécie de índice de dados de população e dos sistemas de informações do SUS para repasse dos recursos federais. “Isto não se sustenta e nem se justifica, já que de 2007 para cá os recursos repassados foram dobrados e ainda assim o município não deu qualquer reajuste nesta gestão”, explica Flávia Brasileiro, diretora do Seese.
A líder sindical argumenta ainda que a gestão não pode se basear no pagamento da folha apenas com os recursos da União, o que, segundo a secretária, a Prefeitura de Salgado faz quando arca com R$ 14 mil dos seus próprios recursos.
Sobre o FGTS, a secretária Sônia Maria disse que está em dia junto à Caixa Econômica Federal e apresentou uma declaração de regularidade de recolhimento de FGTS. O sindicato irá receber oficialmente o documento para averiguar a possibilidade de alguma inconsistência nas informações e fazer o juízo de valor, pois os profissionais do município apresentaram seus extratos de FGTS com recolhimentos irregulares a partir de 2013.
No tocante às condições de trabalho, a secretária explicou que algumas unidades foram reformadas e outras estão em andamento, entretanto, os profissionais apontaram falhas importantes que comprometem o atendimento à população como falta de água nas torneiras de uma das unidades ditas reformadas.
Mediante a reunião, os enfermeiros aguardarão o recebimento oficial do relatório da gestão a fim de decidirem os rumos do movimento naquele município.