A direção geral do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), no uso das respectivas atribuições, vem por meio desta publicação lamentar os recorrentes fatos administrativos adotados pela Prefeitura de Aracaju contra a nossa classe trabalhadora que tanto se dedica em prol da ética e do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante todo o ano de 2015 os profissionais da enfermagem buscaram dialogar avanços junto à Secretaria Municipal de Saúde, como também ao prefeito João Alves Filho, porém nenhum pleito apresentado fora aceito pelo atual governo municipal.
Paralelo ao não concebimento do reajuste salarial reivindicado em 14%, isso se comparado com o mesmo período de 2013, os profissionais ligados à pasta da saúde foram os únicos a não usufruírem com avanços iguais aos que foram concedidos para outras categorias. Como se não bastasse esta falta de atuação pública e democrática para todos, os trabalhadores estão recebendo o pagamento salarial após o quinto de útil de cada mês. Para lamentação coletiva os impasses não acabam por aqui.
Isso ocorre em razão de problemas como o não cumprimento do terço salarial, recorrentes no ano passado, também já comecem a ocorrer na primeira semana de janeiro. O direito é claro na legislação municipal quando destaca a obrigatoriedade do contratante efetuar este pagamento até 48 horas que antecedem o início do gozo de férias. O não cumprimento do terço de férias ocorre desde o final do ano passado. As criticas vão além.
Desde o final do ano de 2014 a Prefeitura de Aracaju tem implantado o programa de atendimento extendido. Responsável por mais de 60% das atividades nas unidades de atendimento à saúde da família, e nas unidades de pronto atendimento, o Enfermeiro tem redobrado o período de atuação, porém até o momento não são renumerados com as horas extras. Por estes, e tantos outros amplos motivos que geraram prejuízos no ano passado, é que o Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe vem a público lamentar os fatos acima citados e pedir à Prefeitura de Aracaju, na pessoa do prefeito João Alves Filho, mais respeito para com os profissionais que carregam a saúde nas costas não por admiração e gratidão à gestão pública, mas sim por amor à profissão que optamos em exercer e por respeito aos usuários do SUS.