O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), voltou a se reunir com o Ministério Público do Federal (MPF), com o propósito de exigir estabilidade trabalhista para todos os profissionais que prestam serviços junto à direção da Fundação Hospitalar de Saúde. Minutos antes de se iniciar a audiência pública, a direção sindical recebeu a informação que o pleito dos enfermeiros seria atendido diante da inserção de nova cláusula no processo, porém, diante da presença do Procurador da República Ramiro Rockenback, a proposta foi outra.
Para a surpresa da classe trabalhadora, a decisão quanto a estabilidade reivindicada deve permanecer por mais um ano, quando o poder ministerial juntamente com a FHS e os sindicatos voltam a debater o tema. De acordo com Shirley Morales, presidente do SEESE, nada impede que o diálogo permaneça sendo realizado entre as partes envolvidas no processo a fim de buscar outras possíveis soluções para o problema já em curto prazo. Todo o teor do diálogo realizado na sede do MPF será encaminhado para o Ministério Público do Trabalho.
“Em outras palavras, infelizmente o que ficou claro é que para conquistar essa estabilidade é preciso que o servidor se esforce mais. Fiquei me questionando como iremos fazer mais do que já fazemos com a atual estrutura apresentada. Será que teremos que doar nossos rins? Lamentamos o resultado final da audiência e se não fosse a postura firme de nós sindicalistas a situação poderia ser ainda mais negativa”, declarou. Ainda durante a audiência o SEESE rebateu críticas feitas junto à enfermeiros.
“Foi dito que alguns enfermeiros não atuam como deveriam. Nós que formamos o sindicato da categoria somos totalmente contra esse tipo de servidor que não honra com os respectivos deveres, e por isso pedimos que a punição seja atribuída. Em toda classe trabalhadora existem profissionais que não cumprem a própria atividade com prudência, mas a grande maioria dos enfermeiros não deve ser penalizadas por um seleto grupo. Pedimos estabilidade para os enfermeiros competentes e punição para os que não honram com a ética”, pontuou.