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Diretoria do Seese participa de debate com comunidade acadêmica e usuários do HU sobre os problemas da gestão da Ebserh

A diretoria do Sindicato dos Enfermeiros foi convidada para participar de uma Audiência Pública realizada no Hospital Universitário (HU), intermediada pelo Ministério Público Federal (MPF-SE), que abordou sobre os três anos da implantação em Sergipe, da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) administrando o HU. Participaram da audiência, o diretor de Atenção à Saúde da Ebserh, Claudio Saab, a superintendente do HU/UFS, Ângela da Silva, o reitor da UFS, Ângelo Antoniolli, a conselheira do Coren, Bruna Siqueira, e a coordenadora do Sintufs, Tânia Vieira.

Durante as falas dos que compuseram a mesa, Claudio Saab, declarou que não defende a plataforma de privatização de Hospitais Universitários em nenhum estado do país, e que existem inúmeras dificuldades em manter os serviços funcionando por entraves de processos licitatórios. Após essas apresentações, o público presente, entre eles a comunidade acadêmica, os usuários do HU e os representantes sindicais, puderam explanar seus depoimentos e pedir esclarecimentos sobre suas dúvidas. Na oportunidade, a presidente do Seese, Shirley Morales, observou que os trabalhadores, independente do regime jurídico, precisam se unir.

Shirley Morales também informou que entrou com uma ação popular em seu nome na Justiça Federal, pedindo a conclusão das obras dos prédios da Oncologia, Centro de Imagem e Materno Infantil, ambos do HU. “Nós queremos saber de prazos e o porquê da morosidade? Se as empresas públicas de direito privado surgiram para acelerar o processo licitatório, porque isso não acontece de fato? A conclusão dessas obras será muito importante na vida dos usuários do SUS, podendo inclusive a salvar a vida de milhares de pacientes”, concluiu a presidente do Seese.  

Outro quesito relatado foi a retirada da insalubridade das trabalhadoras grávidas ou que amamentam. Segundo a perícia da Ebserh, elas foram remanejadas para setores classificados como não salubres. “Mesmo que elas não estejam executando serviços assistênciais, elas estão desenvolvendo suas atividades dentro da Unidade Hospitalar e estão passíveis de contaminação. Com isso, elas devem sim receber a taxa de insalubridade mesmo que esteja dentro do grau mínimo que é de 10%. Se for para não receber nada, que elas não executem seus serviços dentro do HU”, enfatizou Shirley Morales.

Após os questionamentos, o diretor de Atenção à Saúde da Ebserh, Claudio Saab, prometeu entregar ainda esse ano o Centro de Imagem e Diagnóstico, como também a Maternidade. Já o reitor da UFS, Ângelo Antoniolli, disse que iria lutar por um carimbo específico para ações de saúde do HU, a fim de evitar que seja o dinheiro seja gasto em outras pastas.

Ao final da audiência, o procurador Ramiro Rockembach, pediu aos representantes sindicais que protocolassem as denúncias no MPF, que em seguida, as avaliações serão realizadas pois o interesse do Ministério Público Federal é o de colocar o serviço público para funcionar.

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