Enfermeiros e os demais servidores que atuam na área da saúde do município de Aracaju, realizaram nesta manhã, uma mobilização em frente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). O intuito foi solicitar que o órgão bloqueie as contas públicas da Prefeitura, como também, dê agilidade na votação da auditoria realizada para investigar as denúncias feitas pelas categorias em junho deste ano.
Depois da mobilização, os dirigentes sindicais foram convidados pelo presidente do TCE, Clóvis Barbosa, para que pudessem se reunir com o também Conselheiro que analisa as contas do município de Aracaju e a área da saúde, Ulices Andrade. Após receberem um documento do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE) mostrando mais uma vez denúncias acerca da caótica situação em que se encontra o setor saúde de Aracaju e das irregularidades quanto ao pagamento dos servidores, o TCE decidiu agendar para a tarde desta quarta-feira uma reunião com gestores da prefeitura.
“Estaremos nos reunindo hoje a tarde com os representantes da atual gestão para que eles expliquem porque ainda não pagaram os salários de setembro desses servidores, e a falta de repasse à Caixa Econômica Federal dos recolhimentos das consignações de empréstimos e mensalidades associativas dos sindicatos. De acordo com a resposta da Prefeitura, o TCE vai tomar as providências e dar encaminhamento de acordo com o que determina a lei”, disse o Conselheiro Ulices Andrade.
Já o presidente da casa, Clóvis Barbosa, relatou que “se não houver a solução imediata em relação ao pagamento dos salários dos servidores, o TCE irá entrar com medidas drásticas, podendo até bloquear os recursos da Prefeitura de Aracaju”.
Os enfermeiros e demais servidores da saúde retomaram a greve desde o dia 03, pela falta de pagamento dos salários. Muitos já estão recebendo carta de cobrança. “Além de o salário estar atrasado, os servidores com empréstimo consignado estão recebendo carta de cobrança bancária. Alguns sindicatos já prestaram boletim de ocorrência e entraram com ação judicial”, explicou Shirley Morales, presidente do Seese.