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Enfermeiros sofrem perseguição e população apoia ato do SEESE

Nas últimas 48 horas enfermeiros que atuam no município de Poço Redondo promoveram uma paralisação de 70% nas atividades com o propósito de pressionar o prefeito Roberto Araújo para que seja atribuída à categoria a recomposição inflacionária que não é respeitada desde o ano de 2012, conforme determina a Constituição Federal de 1988. Paralelo aos problemas salariais, a falta de reais condições de trabalho contribuiu para que o sistema fosse interrompido. Diante da situação preocupante, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) foram às ruas e se somaram ao movimento da categoria.

Durante todo o período em que o serviço ficou suspenso, funcionários possivelmente ordenados pelo chefe do executivo municipal estiveram acompanhando o ato com o propósito de anotar o nome dos profissionais que apoiavam e participavam o movimento sindical. A postura adotada pela Prefeitura de Poço Redondo transparece o alto indice de perseguição vivenciada pelos servidores que lutam por progresso na cidade.

Presente na atividade, a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), Shirley Morales, destacou que desde o início do ano os profissionais buscam dialogar com o prefeito porém, até a última sexta-feira, 02, nenhuma resposta foi apresentada pelo gestor. “Infelizmente a falta de interesse em dialogar com os enfermeiros e buscar avanços para a cidade fez com que realizássemos essa ação sindical. Solicitamos reuniões extraordinárias com o prefeito até por meio de documentação oficial encaminhada pelos correios, mas o silêncio prevaleceu mais uma vez e a paralisação foi deflagrada por unanimidade”, disse.

Questionada quanto ao apoio recebido da população, a sindicalista garantiu que a postura dos moradores apenas se reflete a sensação de desprezo junto a saúde pública no município. Morales destacou que os enfermeiros atuantes na atenção básica se deparam diariamente com a falta de medicamentos e materiais essenciais para uso profissional. “A população nos apoio e inclusive discursou no microfone contra o prefeito. Eles perceberam que estávamos reunidos para buscar melhorias para a comunidade e por isso se uniram à paralisação de advertência de nós enfermeiros. Esperamos agora que o prefeito nos receba e evite novos atos públicos”, destacou a presidente.

Entre os problemas apresentados pelos moradores está a constante falta de exames de lâmina; falta de medicamentos básicos para crianças, adultos e idosos; ausência de serviços médicos dedicados à saúde bucal; e existência de apenas um veículo para atender a toda demanda administrativa e assistencial dos postos de saúde. Além dos discursos realizados pelas ruas e avenidas do município, o Sindicato dos Enfermeiros também distribuiu panfletos que continham informações quanto a serie de problemas enfrentados pela categoria. Esse material foi distribuído em feira livre.

Campanha – Aproveitando a oportunidade, os enfermeiros dialogaram com a população sobre a importância da campanha mundial Outubro Rosa. A meta era tirar as duvidas ainda existentes e destacar a necessidade de sempre realizar os exames convencionais. Shirley Morales avaliou a ação como positiva. “Nós do Seese estamos mais um ano apoiando este movimento importantíssimo e durante a paralisação aproveitamos para reforçar a necessidade de buscar se autoanalisar, e quem sabe, identificar a doença precocemente. Nosso papel estamos cumprindo, falta agora o prefeito fazer a dele que também é cuidar do povo”, pontuou.

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