Nota de Repúdio

Assim como algumas entidades representativas da Enfermagem, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), repudia veementemente qualquer tipo de desrespeito contra os profissionais enfermeiros. Lamentamos profundamente a atitude desrespeitosa da equipe de bordo da empresa Gol Linhas Aéreas com relação a uma família que embarcava, neste domingo (26/01), no vôo que saía do aeroporto de Aracaju com destino a São Paulo.
A enfermeira e professora Dra. Maria Helena Mandelbaum presenciou uma cena, em que os comissários de bordo solicitavam que a família de uma criança de aproximadamente três anos, que sofre de Ictiose, saísse da aeronave. Eles foram impedidos de prosseguir viagem para tratamento da doença no Hospital das Clínicas em São Paulo. De acordo com a enfermeira, que é especialista em enfermagem dermatológica, e mantém uma ONG que atende crianças com doenças raras e severas de pele, a Ictiose é uma doença hereditária, sem cura, mas NÃO é contagiosa.
Apesar das seus argumentos, os tripulantes alegaram que a Sra. Maria Helena, “não era médica, era só uma enfermeira” e ratificaram que a família só poderia embarcar de acordo com as regras da Anvisa, portando um laudo sobre a sua condição.
É lastimável que uma empresa desse porte não valorize as competências técnicas da profissional enfermeira e que, por falta de informação, tenha impedido a viagem de uma família em busca de tratamento.
Sendo assim, o Seese parabeniza a Dra. Maria Helena Mandelbaum, por tentar ajudar a família, exercendo, enquanto enfermeira, seu papel fundamental em ações de acolhimento aos usuários, conscientização, prevenção e tratamento de doenças.
Segundo informações extraídas do site do Coren-SP, os pais da criança tiveram que voltar ao hospital de Aracaju para emitirem o laudo e, somente assim, eles conseguiram embarcar em outro avião para São Paulo.
A enfermeira Maria Helena Mandelbaum continuou mantendo contato com eles e indicou o hospital universitário da USP e, de lá, a família foi encaminhada para o hospital da Unicamp, para que a criança recebesse uma assistência emergencial, visto que houve um agravo no quadro clínico.

Fonte: Ascom Seese com informações divulgadas pela rede social da enfermeira e do site do Coren-SP