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Greve Geral foi oficializada na sede da CUT

Servidores públicos estaduais estiveram reunidos na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Aracaju, para oficializar a greve geral prometida na semana passada por todos os sindicatos de profissionais ligados à saúde pública. Diante do difícil diálogo administrativo e progressista entre a classe trabalhadora e o Governo do Estado, outros grupos profissionais passaram a compor o ato público a ser realizado nos próximos dias 22, 23 e 24. Agora, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), o Sindicato dos Agentes da Polícia Militar, e o Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado de Sergipe (Sindjus), também compõem o movimento grevista. O anuncio foi feito na manhã de ontem pela direção da CUT.

 Conforme destacado pela comissão sindical que organiza a greve, os servidores têm se queixado da não resposta do Estado quanto a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), bem como recomposição salarial para as categorias. Paralelo a estes benefícios pleiteados há mais de um ano, inclusive com o apoio de deputados estaduais e federais, os grevistas também irão cruzar os braços como forma de pressionar o governador em exercício Belivaldo Chagas e os respectivos secretários para que melhores condições de trabalho sejam atribuídas para todos os trabalhadores celetistas e estatutários. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme determina a Constituição Federal durante os três dias ao menos 30% do efetivo continuarão atuando.

 Dando início aos atos, no dia 22 as categorias pretendem se concentrar nas intermediações da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), onde a partir das 8h seguirão em marcha até o Hospital de Urgências de Sergipe. Já no dia 23 todos os sindicatos irão promover mobilizações em pontos distintos como forma de abranger o movimento grevista. Durante entrevista coletiva o Sintese informou que a categoria vai promover um balanço geral das ações negativas promovidas pelo Estado desde janeiro de 2015. Entre estes aspectos negativos estariam os altos salários pagos aos cargos de comissão. Na avaliação da presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), Shirley Moraes, um conjunto de retrocessos colaborou para a unificação do ato.

 “Todos devem andar de mãos dadas para vencermos essa situação. Para chegar a uma greve geral aconteceu, sim, uma série de fatores desfavoráveis aos servidores. O que mais nos indigna é a não valorização do trabalhador por parte do governo e por isso o sistema será parcialmente interrompido”, declarou. No último dia de mobilização, haverá uma grande caminhada pelas principais ruas e avenidas da capital sergipana. A concentração ocorrerá a partir das 14h no Parque da Sementeira, quando os servidores seguirão até o Palácio dos Despachos. Ao término da caminhada, uma assembleia extraordinária será realizada com unificação de todos os sindicatos a fim de estudar o respaldo democrático do movimento.

 Se por ventura os trabalhadores avaliarem a postura do governo como inerente às causas pleiteadas, uma greve por tempo indeterminado pode ser deflagrada. “Se essa for a vontade da maioria, vamos aguardar que o governador se posicione com propostas de valorização do servidor. O que não podemos aceitar é que a própria administração nos convoque para diálogo dentro do próprio Palácio dos Despachos e nada de positivo nos seja atribuído”, pontuou Morales. Para a direção da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), esta greve de três dias não gira apenas em torno das questões salariais, mas sim, diante da preocupação que todos os trabalhadores possuem no que se refere à qualidade dos serviços que o Estado fornece aos contribuintes.

 Na avaliação apresentada por Valdir Rodrigues, presidente estadual da CTB, já estava na hora de os sindicatos se unirem em prol do avanço coletivo. De acordo com o militante, é preciso que o povo sergipano entenda que os trabalhadores vão parar as atividades por amor ao Estado de Sergipe, e que necessitam da integral colaboração popular durante os três dias. “Precisamos do apoio de todos para que melhorias emergenciais sejam atribuídas para o povo sergipano que enfrenta dificuldades no acesso aos direitos constitucionais. Nos reunimos nesta coletiva para apresentar a programação de ações públicas e para alertar os administradores públicos: Se não houver avanços, a greve deve se tornar por tempo indeterminado”, ressaltou.

 “Nós fizemos algumas paralisações e mobilizações pedindo ao Governo do Estado para dialogar com as categorias e isso não foi feito. Demos um prazo até o dia 11 de setembro e chegou a data e não houve nenhuma conversa. Então, tivemos que programar essa greve de três dias para ver se agora sim teremos uma abertura na negociação com o governador do Estado”, explicou Augusto Couto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) e um dos componentes da liderança do movimento.

 Caminhada – Roberto Silva, diretor da CUT /Sergipe e representante do Sintese durante a coletiva, garantiu que a marcha a ser realizada no dia 24 deve contar com milhares de pessoas oriundas dos 75 municípios sergipanos. Para reforçar o movimento é esperada a presença de familiares e amigos dos servidores públicos. Essa participação, segundo Roberto, mostra tende a demonstrar o apoio que a classe trabalhadora tem conquistando ao longo dos últimos meses. “Não tenha dúvida que a ideia é mesmo parar o Estado de Sergipe para que melhorias sejam geradas. Como Shirley do Seese bem destacou, vamos permanecer unidos para que possamos vencer essa triste e preocupante situação”, disse.

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