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ENFERMEIROS DELIBERAM PARALISAÇÕES E ATOS

Enfermeiros que prestam serviço para a Prefeitura de Aracaju acataram na tarde de ontem a proposta de reformular o número de atendimentos em todas as unidades de saúde. Com isso, é possível que o programa ‘horário estendido’ sofra alterações temporárias na capital. A decisão foi proposta em assembleia geral e extraordinária realizada na sede do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), após representantes da categoria terem participado de uma reunião com o prefeito João Alves Filho, onde foi dito que, o pagamento salarial de dezembro deve ser quitado em até 48 horas. Já o salário de janeiro, o prefeito informou que, devido aos problemas financeiros enfrentados pela gestão, este não será quitado dentro do quinto dia útil de fevereiro como determina a Constituição Federal.

Com esta proposta aprovada, as Unidades de Pronto Atendimento deixam de atender de forma integral todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que por ventura busquem o atendimento especializado nos horários estendidos criados pela Secretaria Municipal de Saúde. A medida não tem como princípio básico prejudicar os aracajuanos, mas sim, chamar a atenção da sociedade para os males causados pela atual gestão municipal. Uma nova reunião com os gestores municipais está pré-agendada para a última sexta-feira de janeiro, dia 29, mas os sindicalistas reafirmam o desejo de não aguardar até este encontro para fortalecer os atos públicos.

Deliberado o bloquei no ‘horário estendido da SMS’, a categoria não descarta a possibilidade de deflagrar greve por tempo indeterminado já nos próximos dias. Diante o debate dos enfermeiros foi questionado o porquê de a Prefeitura de Aracaju pagar os trabalhadores em Cargo de Comissão antes dos servidores concursados. Para a presidente Shirley Morales, as dificuldades financeiras estão provocando danos de ampla escala em várias famílias formadas por servidores da saúde, e, diante desta situação, esperar um posicionamento mais ético e adequado por parte da atual gestão não trata-se de uma postura inteligente. A pedidos dos trabalhadores, já no próximo dia 21 os enfermeiros promovem paralisações já com indicativo de greve.

“Estamos mobilizando a categoria para lutarmos por nossos direitos e mostrar para todos os aracajuanos o quanto o prefeito João Alves e os secretários de saúde e de fazenda estão desrespeitando a classe trabalhadora. Fomos a uma reunião ontem e quando discutíamos o pagamento de dezembro fomos informados que esse mês não será pago em dias, ou seja, esse ano de 2016 será pior que o ano passado. Então, nós vamos realizar um ato público no dia 29 e, caso o pagamento não seja realmente quitado, vamos participar de uma nova assembleia para debater a probabilidade de greve por tempo indeterminado. Não podemos mais ficar de bobo nessa história. João deve pagar nosso salário e todos os demais direitos”, afirmou.

Atualmente a rede municipal conta com 300 enfermeiros. Parte destes profissionais ainda segue sem receber a segunda parcela do décimo terceiro salarial, além de terços de férias e horas extras oriundos do programa ‘horário estendido’. Servidora do município e membro do SEESE, a enfermeira Flávia Brasileiro informou que a prefeitura tem adotado posturas diferenciaras e não éticas entre as categorias. “É preciso estar atento para o que o prefeito João Alves e os secretários têm feito por nós. Estamos nos tornando reféns desse sistema que só traz retrocesso para nós. A realização de atos públicos, manifestações e paralisações é necessária para fazer valer os nossos direitos”, declarou.

 

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